Segunda C�pula das Am�ricas
Santiago, Chile, 18 e 19 de Abril de 1998

Segunda C�pula das Am�ricas
Plano de A��o

O seguinte documento � o texto completo do Plano de A��o assinada pelos Chefes de Estado e de Governo participantes da Segunda C�pula das Am�ricas.


N�s, os Chefes de Estado e de Governo das Am�ricas eleitos democraticamente, reconhecendo a necessidade de empreender um esfor�o coletivo que complemente as a��es desenvolvidas e executadas em n�vel nacional para melhorar o bem-estar econ�mico e a qualidade de vida de nossos povos, levando em conta nosso compromisso de continuar a implementar o Plano de A��o de Miami, afirmamos nossa decidida determina��o de p�r em pr�tica o presente Plano de A��o, o qual constitui um conjunto de iniciativas concretas destinadas a promover o pleno desenvolvimento dos pa�ses do Hemisf�rio e a assegurar o acesso e a melhorar a qualidade da educa��o, a promover e a fortalecer a democracia e o respeito aos direitos humanos, a aprofundar a integra��o econ�mica e o livre com�rcio, e a erradicar a pobreza e a discrimina��o. Adotamos este Plano de A��o conscientes de que todas as iniciativas est�o interrelacionadas e s�o igualmente importantes para o sucesso de nosso empreendimento comum.

I. EDUCA��O: A CHAVE PARA O PROGRESSO

O compromisso hemisf�rico com a educa��o se expressa em abrangentes processos de reforma em todos os n�veis do sistema educativo; tem por fundamento os amplos consensos em rela��o aos problemas enfrentados pela educa��o, bem como o compromisso e o esfor�o compartilhados de toda a sociedade para super�-los. Esses processos sustentam-se nos princ�pios de eq�idade, qualidade, pertin�ncia e efici�ncia. A eq�idade � definida como a cria��o de condi��es que assegurem a popula��o oportunidades de receber servi�os educativos de qualidade, reduzindo de forma significativa, os efeitos decorrentes da desigualdade social e econ�mica, da defici�ncia e da discrimina��o �tnica, cultural e de g�nero. A qualidade implica atingir altos n�veis e desenvolvimento cognitivo, compet�ncias, habilidades e atitudes �ticas. A pertin�ncia � definida como a capacidade dos sistemas educativos de responder �s necessidades e aspira��es da sociedade como um todo, considerando sua diversidade social, cultural, �tnica e ling��stica. Por �ltimo, a efici�ncia � definida como o aporte dos recursos suficientes a serem utilizados de modo �timo para que se alcancem melhores resultados educativos.

Em conseq��ncia, os Governos, reconhecendo e respeitando plenamente a soberania nacional e as responsabilidades das institui��es em nossos respectivos pa�ses em mat�ria de educa��o, reiteramos o compromisso da C�pula de Miami de assegurar para o ano 2010, o acesso a uma educa��o prim�ria de qualidade e a perman�ncia na escola para 100% das crian�as menores, bem como o acesso, para pelo menos 75% dos jovens, � educa��o secund�ria de qualidade, com porcentagens cada vez maiores de jovens que terminem a escola secund�ria; e assumimos a responsabilidade de oferecer oportunidades de educa��o ao longo da vida � popula��o em geral. Ao cumprir essas metas, estamos certos de que daremos aos nossos povos os instrumentos, habilidades e conhecimentos necess�rios e adequados para desenvolverem as capacidades que lhes assegurem melhores condi��es de competitividade e de produtividade exigidas pelas economias contempor�neas e para contribuirem como dignos cidad�os para suas respectivas sociedades.

Para atingir esses objetivos, os Governos:

Financiamento, Estrat�gias de Coopera��o Horizontal Multilateral e Seguimento

N�s, os Chefes de Estado e de Governo, reconhecendo a import�ncia central da educa��o como fundamento do desenvolvimento, acordamos, de conformidade com nossos respectivos processos legislativos, promover a aloca��o dos recursos necess�rios ao investimento em educa��o para alcan�ar n�veis cada vez maiores de eq�idade, qualidade, pertin�ncia e efici�ncia nos processos educativos, com �nfase no uso �timo dos recursos na maior participa��o de outros atores sociais.

Reafirmamos, ademais, nosso compromisso de promover a coopera��o horizontal e multilateral em mat�ria educativa. Para isso:

II. PRESERVA��O E FORTALECIMENTO DA DEMOCRACIA, DA JUSTI�A E DOS DIREITOS HUMANOS

O fortalecimento da democracia, da justi�a e dos direitos humanos � uma prioridade hemisf�rica essencial. Neste Plano de A��o respaldamos novas iniciativas destinadas a aprofundar nosso compromisso com esses importantes princ�pios. Especificamente, intensificaremos nossos esfor�os para promover reformas democr�ticas em n�vel regional e local, proteger os direitos dos trabalhadores migrantes e de suas fam�lias melhorar as capacidades de nossos sistemas judici�rios e Minist�rios do Trabalho para atender as necessidades de nossos povos e encorajar uma sociedade civil firme e ativa. Al�m disso, resolvemos defender a democracia contra as graves amea�as da corrup��o, do terrorismo e das drogas il�citas e promover a paz e a seguran�a entre nossas na��es. Em conjunto, essas medidas consolidam nossos sucessos democr�ticos, reafirmam nosso compromisso com as institui��es democr�ticas e comprometem-nos com a constru��o de um Hemisf�rio de valores compartilhados.

Democracia e Direitos Humanos

Os Governos:

Ademais, os Governos fortalecer�o a coopera��o e o apoio as atividades da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) a fim de:

Educa��o para a Democracia

Os Governos:

Sociedade Civil

Os Governos:

Trabalhadores Migrantes

Os Governos:

    1. propocionar, em rela��o as condi��es de trabalho, a mesma protec�o jur�dica outorgada aos trabalhadores nacionais;
    2. facilitar, quando apropriado, o pagamento dos sal�rios completos devidos aos trabalhadores que tenham regressado a seus pa�ses e permitir que efetuem o transporte de seus pertences pessoais;
    3. reconhecer os direitos de cidadania e nacionalidade dos filhos de todos os trabalhadores migrantes que possam ter direito aos mesmos, e qualquer outro direito que eles possam ter em cada pa�s;
    4. fomenter a negocia��o de acordos bilaterais ou multilaterais relativos a presta��o dos benef�cios de seguridade social adquiridos pelos trabalhadores migrantes;
    5. proteger todos os trabalhadores migrantes e suas fam�lias, mediante o cumprimento da lei e campanhas informativas, para evitar que sejam v�timas de explora��o e de abuso decorrentes do tr�fico il�cito de pessoas;
    6. impedir o abuso e os maus tratos aos trabalhadores migrantes por parte de empregadores ou das autoridades encarregadas da aplica��o da pol�tica migrat�ria e do controle de fronteiras; e
    7. encorajar e promover o respeito a identidade cultural de todos os migrantes.
    8. Apoiar�o as atividades da Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos com respeito a prote��o dos direitos dos trabalhadores migrantes e de suas fam�lias, particularmente por meio do Relator Especial para Trabalhadores Migrantes.

Fortalecimento das Administra��es Municipais e Regionais

Os Governos:

Corrup��o

Os Governos:

Financiamento de Campanhas Eleitorais

Os Governos:

Preven��o e Controle do Consumo Indevido e do Tr�fico Il�cito de Entorpecentes e Subst�ncias Psicotr�picas e de outros Delitos Conexos

Os Governos:

Terrorismo

Os Governos:

Fomento da Confian�a e da Seguran�a entre os Estados

Os Governos:

Esse processo culminar� na realiza��o de uma Confer�ncia Especial sobre Seguran�a, no �mbito da Organiza��o dos Estados Americanos, a realizar-se, no mais tardar, no in�cio da pr�xima d�cada.

 

Fortalecimento do Sistema Judici�rio e dos �rg�os Judiciais

Os Governos:

Moderniza��o do Estado na Administra��o de Mat�rias Trabalhistas

Os Governos:

III. INTEGRA��O ECON�MICA E LIVRE COM�RCIO

  1. �rea de Livre Com�rcio das Am�ricas (ALCA)
  1. Instru�mos nossos Ministros Respons�veis por Com�rcio a que executem as seguintes a��es:
    1. Iniciarem as negocia��es sobre a �rea de Livre Com�rcio das Am�ricas (ALCA), de acordo com os princ�pios, objetivos, estrutura, modalidades e todas as demais decis�es estabelecidas na Declara��o Ministerial de San Jos�, para o que convocar�o o Comit� de Negocia��es Comerciais para, no mais tardar, 30 de junho de 1998, e os Grupos Negociadores para, no mais tardar, 30 de setembro de 1998.
    2. Exer�am a supervis�o e a administra��o superiores das negocia��es.
    3. Fa�am progressos concretos nas negocia��es at� o ano 2000 e acordem medidas espec�ficas de facilita��o de neg�cios a serem adotadas antes do final do s�culo.
    4. Assegurem que o processo negociador seja transparante e que leve em conta as diferen�as nos n�veis de desenvolvimento e na dimens�o das economias das Am�ricas, de modo a criar oportunidades para a plena participa��o de todos os pa�ses, incluindo as economias menores.
    5. Conduzam as negocia��es de maneira a gerar ampla compreens�o e respaldo p�blicos em rela��o � ALCA e a considerar as opini�es sobre assuntos de com�rcio emitidas por diferentes setores das nossas sociedades civis, tais como empres�rios, trabalhadores, consumidores, grupos ambientalistas e acad�micos, e apresentadas ao Comit� de Representantes Governamentais, criado na Quarta Reuni�o de Ministros Respons�veis por Com�rcio, realizada na Costa Rica.
  1. Instru�mos nossos Representantes nas institui��es do Comit� Tripartite, em particular o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a alocar recursos adequados existentes nessas institui��es para apoiar a Secretaria Administrativa das negocia��es sobre a ALCA.
  2. Instamos o Comit� Tripartite a continuar respondendo positivamente �s solicita��es de assist�ncia t�cnica apresentadas pelas entidades da ALCA. Solicitamos as tr�s institui��es que, de acordo com seus respectivos procedimentos, considerem os pedidos de assist�ncia t�cnica relacionados com temas da ALCA apresentados por pa�ses-membros - em especial pelas economias menores, a fim de facilitar sua integra��o no processo da ALCA.

B. A��es Adicionais

Al�m de iniciar as negocia��es sobre a ALCA, definimos uma s�rie de a��es adicionais que devem ser consistentes com a negocia��o da ALCA, com o objetivo de aprofundar o processo de integra��o econ�mica, bem como de criar oportunidades para a plena participa��o de todos os pa�ses, incluindo as economias menores. Preparamos uma s�rie de propostas para promover a moderniza��o dos mercados financeiros, os programas de ci�ncia e tecnologia, a coopera��o energ�tica e a infraestrutura hemisf�rica, em particular nas �reas de transporte e telecomunica��es.

Fortalecimento, Moderniza��o e Integra��o dos Mercados Financeiros

Os Governos:

Ci�ncia e Tecnologia

Os Governos:

Coopera��o Energ�tica Regional

Em conformidade com as normas jur�dicas e constitucionais de cada Estado, assim como com os compromissos que nossos Governos assumam no contexto das negocia��es da �rea de Livre Com�rcio das Am�ricas (ALCA), a fim de assegurar um desenvolvimento energ�tico sustent�vel e de progredir na integra��o energ�tica do Hemisf�rio,

Os Governos:

Mudan�a de Clima

Os Governos:

� luz dos compromissos assumidos na Conven��o-Quadro das Na��es Unidas sobre Mudan�a de Clima e das decis�es tomadas na Terceira Confer�ncia das Partes realizada em Kyoto, Jap�o, e com vistas a Quarta Confer�ncia das Partes a realizar-se em Buenos Aires, Argentina, em novembro de 1998:

Infra-estrutura Hemisf�rica

A. Infra-estrutura Geral

Os Governos:

Transportes

Os Governos:

C. Telecomunica��es

Os Governos:

IV. ERRADICA��O DA POBREZA E DA DISCRIMINA��O

A pobreza extreme e a discrimina��o continuam afligindo as vidas de muitas de nossas fam�lias e impedindo sua contribui��o potencial para o progresso de nossas na��es. Para avan�ar na dire��o de um futuro pr�spero para todos, facilitaremos a regulariza��o dos t�tulos de posse das propriedades urbanas e rurais e redobraremos nossos esfor�os para aumentar o acesso ao cr�dito e o apoio t�cnico para as microempresas, e proteger os direitos b�sicos dos trabalhadores. Eliminaremos todas as formas de discrimina��o contra as muIheres, as comunidades ind�genas, as minorias raciais e �tnicas marginalizadas e outros grupos vulner�veis. Procuraremos melhorar a qualidade de vida de todos os povos das Am�ricas por meio de esfor�os que assegurem o acesso a servi�os de sa�de adequados, a melhores tecnologias na �rea de sa�de, a �gua pot�vel e a uma nutri��o apropriada. O conjunto dessas medidas facilitar� a inclus�o de todos os habitantes, sem exce��o, na transforma��o econ�mica e democr�tica do Hemisf�rio.

Fomento da Micro, Pequena e M�dia Empresa

Como forma de combater a pobreza e levando em conta diferen�as nacionais, os Governos comprometem-se a fortalecer o desenvolvimento da micro, pequena e m�dia empresa por meio das seguintes a��es espec�ficas:

Os Governos:

Registro de Propriedades

Os Governos:

Tecnologias de Sa�de

Os Governos:

Mulher

Os Governos:

Direitos B�sicos dos Trabalhadores

Os Governos:

Popula��es lnd�genas

Com o objetivo de promover maior participa��o da popula��o ind�gena na sociedade mediante o acesso apropriado � educa��o, aos servi�os de sa�de e � capacita��o profissional e, assim, melhorar seu padr�o de vida,

Os Governos:

Fome e Desnutri��o

Os Governos:

Desenvolvimento Sustent�vel

Coopera��o

SEGUIMENTO DAS C�PULAS DAS AM�RICAS

 

Feita em Santiago, Chile, no dia 19 do m�s de abril de 1998, nos idiomas espanhol, franc�s, ingl�s e portugu�s.

[French&Portuguese/tracker.htm]