Primeira Reuni�o de C�pula das Am�ricas
Miami, Florida,  9 ao 11 de Dezembro de 1994

Primeira Reuni�o de C�pula das Am�ricas
Plano de A��o

O seguinte documento � o texto completo do Plano de A��o assinada pelos Chefes de Estado e de Governo participantes da Primeira C�pula das Am�ricas.


Sum�rio

I. Preserva��o fortalecimento da comunidade de democracias das Am�ricas

1. Fortalecimento da democracia
2. Promo��o e prote��o dos direitos humanos
3. Revigoramento da sociedade/participa��o comunit�ria
4. Promo��o de valores culturais
5. Combate � corrup��o
6. Combate ao problema das drogas il�citas e crimes conexos.
7. Elimina��o da amea�a do terrorismo nacional e intencional
8. Fortalecimento da confian�a m�tua

II. Promo��o da prosperidade por meio da integra��o econ�mica e do livre com�rcio

9. Livre com�rcio nas Am�ricas
10. Desenvolvimento e liberaliza��o dos mercados de capitais
11. Infra-estrutura hemisf�rica
12. Cooperar�o no campo da energia
13. Infra-estrutura de telecomunica��es e informa��o
14. Coopera��o em ci�ncia e tecnologia
15. Turismo

III. Erradica��o da pobreza e da discrimina��o no nosso hemisf�rio

16. Acesso universal � educa��o
17. Acesso eq�itativo aos servi�os b�sicos de sa�de
18. Fortalecimento do papel da mulher na sociedade
19. Est�mulo a pequena e micro empresa
20. Capacetes brancos - Corpo de Emerg�ncia e Desenvolvimento

IV. Garantia do desenvolvimento sustent�vel e conserva��o do nosso meio natural para as gera��es futuras

21 . Parceria para o uso sustent�vel da energia
22. Parceria para a biodiversidade
23. Parceria para a preven��o da polui��o

 


Reuni�o de C�pula das Am�ricas Plano de A��o

Os Chefes de Estado e de Governo participantes da Reuni�o de C�pula das Am�ricas, 1994, em Miami, Fl�rida, dispostos a fomentar os objetivos amplos estabelecidos em sua Declara��o de Princ�pios e conscientes da necessidade de progresso pr�tico nas tarefas essenciais de promover a democracia, promover o desenvolvimento, alcan�ar a integra��o econ�mica e o livre com�rcio, melhorar a vida de seus povos e proteger o meio natural para as futuras gera��es, afirmam seu compromisso neste Plano de A��o.

I. PRESERVA��O E FORTALECIMENTO DA COMUNIDADE DE DEMOCRACIAS DAS AM�RICAS

1. Fortalecimento da democracia

O fortalecimento, o exerc�cio efetivo e a consolida��o da democracia constituem a prioridade pol�tica principal das Am�ricas. A Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) � o principal organismo hemisf�rio de defesa dos valores e institui��es democr�ticos; entre os seus prop�sitos essenciais figuram a promo��o e a consolida��o da democracia representativa, com o devido respeito ao princ�pio da n�o-interven��o. A OEA adotou procedimentos multilaterais para tratar de problemas criados pela interrup��o inconstitucional da ordem democr�tica. A fim de evitar essas crises, a OEA deve envidar maiores esfor�os para promover os valores e pr�ticas da democracia e fortalecer social e economicamente os regimes democr�ticos j� estabelecidos.

Os Governos:

2. Promo��o e prote��o dos direitos humanos

O desenvolvimento de conceitos e normas de direitos humanos tem registrado grande progresso no Hemisf�rio, mas sua implementa��o ainda revela s�rias imperfei��es. Embora a responsabilidade pela aplica��o dos direitos e obriga��es legais caiba, em �ltima an�lise, aos tribunais, tamb�m � necess�rio reformar outras institui��es a fim de contribuir para o desenvolvimento adicional de um clima de respeito dos direitos humanos. Al�m disso, o acesso � justi�a deve ser universal e deve haver meios de observ�ncia efetiva dos direitos b�sicos. Uma democracia � avaliada pelos direitos de que desfrutam os segmentos menos influentes.

Os Governos:

3. Revigoramento da sociedade/participa��o comunit�ria

Uma sociedade civil s�lida e diversificada, organizada de v�rias formas e em diversos segmentos, incluindo indiv�duos, setor privado, setor trabalhista, partidos pol�ticos, setor acad�mico e outros atores e organiza��es n�o governamentais, imprime profundidade e durabilidade a democracia. Da mesma forma, uma democracia vigorosa requer ampla participa��o em quest�es p�blicas. Tais atividades devem ser implementadas com transpar�ncia total e abertura completa ao exame da sociedade. Para tanto, deve-se estabelecer um quadro jur�dico e regulador apropriado que inclua a possibilidade de obter apoio t�cnico e financeiro, inclusive de fontes privadas.

Os Governos:

4. Promo��o de valores culturais

O desenvolvimento cultural � um elemento fundamental e integral do desenvolvimento nas Am�ricas e tem capacidade inerente para enriquecer as nossas sociedades e para gerar maior compreens�o entre nossos pa�ses.

A fim de promover os valores culturais, os Governos:

5. Combate � corrup��o

Atualmente, o problema da corrup��o � motivo de s�ria aten��o n�o apenas neste Hemisf�rio, mas em todas as regi�es do mundo. A corrup��o, tanto no setor p�blico quanto no privado, enfraquece a democracia e solapa a legitimidade de Governos e institui��es. A moderniza��o do Estado, incluindo a desregulamenta��o, privatiza��o e simplifica��o dos procedimentos governamentais, reduz as oportunidades de corrup��o. Todos os aspectos da administra��o p�blica numa democracia devem ser transparentes e abertos ao exame p�blico.

Os Governos:

6. Combate ao problema das drogas il�citas e crimes conexos

Os problemas das drogas il�citas e das atividades criminosas conexas representam s�ria amea�a �s sociedades, �s economias de livre mercado e �s institui��es democr�ticas do Hemisf�rio. O uso de drogas imp�e imensos custos sociais; o dinheiro e a renda do tr�fico de drogas representam uma drenagem efetiva do crescimento econ�mico; e os grandes traficantes de drogas e as organiza��es criminosas p�em em perigo a seguran�a dos nossos povos por meio da corrup��o, intimida��o e viol�ncia. Embora o tr�fico de drogas continua a ser fonte importante meio de fundos il�citos, a ind�stria da lavagem de dinheiro abrange cada vez mais ganhos de todos os tipos de atividade criminosa. Para enfrentar esses problemas, � essencial adotar uma abordagem integrada e equilibrada que inclua o respeito a soberania nacional. Por essas raz�es, � necess�ria uma ampla estrat�gia coordenada em �mbito hemisf�rico para reduzir o uso e a produ��o de entorpecentes que inclua novos m�todos de aplica��o da lei capazes de interromper as redes de tr�fico de drogas e de lavagem de dinheiro e de processar as pessoas envolvidas em tais atividades. Neste contexto, os Governos tomam nota da Reuni�o de C�pula de San Antonio, de 1992, endossam as iniciativas da Comiss�o Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas e concordam em trabalhar em conjunto para formular uma estrat�gia de combate aos entorpecentes para o S�culo XXI.

Os Governos:

7. Elimina��o da amea�a do terrorismo nacional e internacional

O terrorismo nacional e internacional constitui uma viola��o sistem�tica e deliberada dos direitos individuals e uma agress�o � pr�pria democracia. Ataques recentes de que foram objeto alguns dos nossos pa�ses demonstraram a grave amea�a que o terrorismo representa para aseguran�a nas Am�ricas. Medidas tomadas pelos Governos para combater e eliminar essa amea�a s�o elementos essenciais para garantir a lei e a ordem e para manter a confian�a no governo, tanto nacional como internacionalmente. Neste contexto, os que patrocinam atos de terrorismo ou prestam assist�ncia ao seu planejamento ou execu��o por meio do abuso de privil�gios e imunidades diplom�ticos ou outros meios ser�o responsabilizados perante a comunidade internacional.

Os Governos:

8. Fortalecimento da confian�a m�tua

A expans�o e consolida��o da democracia nas Am�ricas oferecem uma oportunidade de valorizar as tradi��es de paz e as rela��es de coopera��o que tem predominado entre os pa�ses do Hemisf�rio Ocidental. O nosso objetivo � fortalecer a confian�a m�tua que contribua para a integra��o econ�mica e social dos nossos povos.

Os Governos:

II. PROMO��O DA PROSPERIDADE POR MEIO DA INTEGRA��O ECON�MICA E DO LIVRE COM�RCIO

9. Livre com�rcio nas Am�ricas

1) Ao procurarmos a integra��o econ�mica e o livre com�rcio no Hemisf�rio, refor�amos o nosso s�lido compromisso com as normas e disciplines multilaterais. Endossamos a implementa��o plena e r�pida da Rodada Uruguai, negocia��es multilaterais ativas na Organiza��o Mundial do com�rcio (OMC), acordos comerciais bilaterais e sub-regionais e outros acordos comerciais compat�veis com as disposi��es do GATT/OMC e que n�o levantem barreiras a outros pa�ses.

2) Tem sido extraordin�rias as realiza��o dos pa�ses do Hemisf�rio nos campos da liberaliza��o do com�rcio e integra��o sub-regional. O livre com�rcio e uma maior integra��o econ�mica s�o fatores essenciais para o desenvolvimento sustent�vel. Nesse contexto, novos avan�os ser�o obtidos � medida que nos empenharmos em fazer a liberaliza��o do com�rcio e as pol�ticas ambientais se apoiarem mutuamente, levando em considera��o os esfor�os do GATT/OMC e de outras organiza��es internacionais. � medida que prosseguir a integra��o econ�mica no Hemisf�rio, estaremos assegurando, de forma crescente, a observ�ncia e promo��o dos direitos do trabalhador, conforme definidos pelas conven��es internacionais pertinentes. Evitaremos restri��es disfar�adas ao com�rcio, de acordo com obriga��es assumidas no GATT/OMC e outras obriga��es internacionais.

3) N�s nos empenharemos em maximizar a abertura de mercado por meio de altos n�veis de disciplina � medida que trabalharmos com base nos acordos existentes no Hemisf�rio. Tamb�m nos empenharemos em conseguir acordos equilibrados e abrangentes, incluindo entre outros: barreiras tarif�rias e n�o-tarif�rias que afetem o interc�mbio de bens e servi�os; agricultura; subs�dios; investimento; direitos de propriedade intelectual; aquisi��o govemamental; barreiras t�cnicas ao com�rcio; salvaguardas; regras de origem; antidumping e direitos compensat�rios; padr�es e procedimentos sanit�rios e fitossanit�rios; solu��o de controv�rsias e pol�tica de concorr�ncia

4) Reconhecemos que as decis�es sobre acordos de com�rcio continuam a ser direito soberano de cada pa�s. Al�m disso, recorrecendo a import�ncia do cumprimento efetivo dos compromissos internacionais, cada pa�s tomara as medidas necess�rias, em conformidade com as pr�prias leis e procedimentos, para implementar os acordos nas �reas inclu�das neste Plano de A��o.

5) � medida que trabalharmos para estabelecer a "�rea de Livre Com�rcio das Am�ricas", ser�o proporcionadas oportunidades, como assist�ncia t�cnica, a fim de facilitar a integra��o de economias menores e elevar o seu n�vel de desenvolvimento.

Agenda de a��o imediata

Instru�mos os nossos ministros respons�veis pelo com�rcio a tomar as seguintes medidas concretas iniciais para estabelecer a "�rea de Livre com�rcio das Am�ricas":

6) Tendo em mente assegurar uma discuss�o plena e completa entre as partes nos diversos acordos de com�rcio do Hemisf�rio, determinamos que sejam realizadas reuni�es no �mbito dos foros de com�rcio e investimento existentes. Os membros desses foros determinar�o as �reas de coincid�ncia e diverg�ncia em acordos espec�ficos em fase de revis�o e devem considerar os meios de melhorar as disciplines entre eles e torn�-los mais parecidos. Instru�mos ainda os membros desses foros a informer os ministros a respeito do andamento das suas discuss�es e fazer recomenda��es para o estabelecimento da "�rea de Livre Com�rcio das Am�ricas".

7) A transpar�ncia nos acordos sub-regionais e bilaterais alcan�ados at� esta data pelos pa�ses do Hemisf�rio e uma clara compreens�o dos mesmos s�o elementos cr�ticos para fazer avan�ar a integra��o do com�rcio e investimento nas Am�ricas. Instruiremos a Comiss�o Especial de com�rcio da OEA, com o apoio do BID, da CEPAL e de outras organiza��es regionais e subregionais especializadas, a prestar assist�ncia na sistematiza��o de dados na regi�o e a continuar o seu estudo sobre acordos de integra��o econ�mica no Hemisf�rio, inclusive breves descri��es comparativas das obriga��es contra�das em cada um dos acordos de com�rcio existentes no Hemisf�rio. Daremos ainda instru��es a Comiss�o Especial de com�rcio no sentido de preparar um relat�rio sobre o seu trabalho at� junho de 1995 para a reuni�o de ministros.

8) Instru�mos os nossos ministros respons�veis pelo com�rcio a: a) examinar o progresso do trabalho empreendido nos foros mencionados nos par�grafos 6 e 7; b) oferecer orienta��o no tocante ao trabalho futuro; e c) considerar �reas de a��o imediatas como facilita��o aduaneira e teste e certifica��o de produtos com vistas a conseguir acordos de reconhecimento m�tuo - que possam ser tratadas nos foros pertinentes.

9) Portanto, lan�amos hoje a "�rea de Livre Com�rcio das Am�ricas" com o in�cio do seguinte processo. Instruiremos a OEA a prestar assist�ncia ao pa�s sede na realiza��o das reuni�es ministeriais.

 

Janeiro de 1995

In�cio dos programas de trabalho e determina��o de calend�rios nos foros indicados no par�grafo 6 e na Comiss�o Especial de Com�rcio.

          Junho de 1995

Reuni�o dos ministros respons�veis pelo com�rcio

* Relat�rio preliminar sobre o andamento do trabalho nos foros descritos no par�grafo 6.

* Relat�rio preliminar da Comiss�o Especial de com�rcio.

* �reas de considera��o imediata

Mar�o de 1996

Reuni�o dos ministros respons�veis pelo com�rcio.

* Relat�rio final da Comiss�o Especial de com�rcio aos ministros.

* Relat�rios finais dos foros mencionados no par�grafo 6 aos ministros.

                              * Calend�rio de trabalho adicional.

 

10. Desenvolvimento e liberaliza��o dos mercados de capitais

A disponibilidade de capital a taxas competitivas � essencial para financiar o investimento do setor privado - um elemento vital do desenvolvimento econ�mico. O desenvolvimento, liberaliza��o e integra��o dos mercados financeiros, tanto nacional como internacionalmente, o aumento da transpar�ncia e o estabelecimento de uma supervis�o solida compar�vel, bem como da regulamenta��o de opera��es banc�rias e do mercado de valores, ajudar�o a reduzir o custo do capital mediante o aumento da confian�a do investidor e do depositante.

Os Governos:

A Comiss�o de Assuntos Financeiros hemisf�ricos deve tamb�m examinar problemas relativos � d�vida no Hemisf�rio, levando em conta o trabalho em andamento e fazendo uso, conforme o caso, de ampla gama de especializa��o.

11. Infra-estrutura hemisf�rica

O Desenvolvimento no Hemisf�rio depende de medidas urgentes de estrutura, inclusive aloca��o priorit�ria de recursos financeiros, de acordo com a legisla��o nacional e com a participa��o tanto do setor p�blico quanto do privado. A intensifica��o do fluxo de capital privado produtivo para projetos econ�mica e ambientalmente adequados tem-se tornado cada vez mais vital para todos os pa�ses do Hemisf�rio, � medida que o crescimento das fontes oficiais de capital deixou de acompanhar o ritmo das necessidades da �rea.

Os Governos:

12. Coopera��o no campo da energia*

Os pa�ses do Hemisf�rio come�aram uma nova era de crescimento econ�mico. Esta nova era baseia-se em maior coopera��o econ�mica, com�rcio mais livre e mercados abertos. O desenvolvimento econ�mico sustent�vel requer coopera��o hemisf�rica no campo da energia.

Os Governos:

*Esta iniciativa est� integralmente vinculada ao item relacionado com a " Parceria para o uso sustent�vel da energia".

13. Infra-estrutura de telecomunica��es e informa��o

A infra-estrutura de informa��o de um pa�s - telecomunica��es, tecnologia da informa��o r�dio e teledifus�o - � elemento essencial do desenvolvimento pol�tico, econ�mico, social e cultural. S�o enormes as necessidades do desenvolvimento da estrutura de informa��o. � inten��o dos Governos das Am�ricas atender a essas necessidades por meio de m�ltiplas a��es, quando compat�veis com a respectiva legisla��o nacional, tais como incentivar o investimento do setor privado para aumentar a participa��o nos setores de telecomunica��es e infra-estrutura da informa��o; promover a concorr�ncia; implementar regimes reguladores flex�veis; fomentar a diversidade de conte�do, inclusive diversidade cultural e ling��stica; proporcionar aos fornecedores de servi�o e infomma��o acesso �s redes de informa��o; e assegurar servi�o universal, de forma que os benef�cios da infra-estrutura de informa��o estejam ao alcance de todos os membros das nossas sociedades.

Os Governos:

14. Coopera��o em ci�ncia e tecnologia

H� necessidade de reavaliar a intera��o em curso no seio dos mecanismos regionais de infra-estrutura e coopera��o sobre ci�ncia e tecnologia; de impulsionar uma coopera��o melhor; de reduzir barreiras � colabora��o, de aumentar a demanda de tecnologia, de divulgar informa��o sobre oportunidades tecnol�gicas utilizando novos avan�os na tecnologia da informa��o e, de modo geral, de melhorar a comunica��o entre as principais organiza��es de ci�ncia e tecnologia, pesquisadores da regi�o e m�dias e pequenas empresas com crescente base tecnol�gica.

O compromisso dos pa�ses das Am�ricas com a n�o-prolifera��o adquiriu novo impulso com a aceita��o do regime de salvaguardas internacionais por parte de alguns dos nossos pa�ses. O not�vel progresso alcan�ado neste campo deve ser enaltecido e deve contribuir para estimular as oportunidades de coopera��o na �rea de bens e tecnologias avan�ados.

Os Governos:

15. Turismo

O turismo � importante para nossas economias e valioso para a promo��o da compreens�o entre os povos das Am�ricas.

Os Governos:

III. ERRADICA��O DA P0BREZA E DA DISCRIMINA��O NO NOSSO HEMISF�RIO

Grandes segmentos da sociedade no nosso Hemisf�rio, em particular mulheres, minorias, deficientes, grupos ind�genas, refugiados e pessoas deslocadas, n�o foram preparados para participar plenamente da vida econ�mica. Aproximadamente metade da popula��o do Hemisf�rio ainda vive em condi��es de pobreza. Uma participa��o mais ampla dos pobres nas economias da regi�o, acesso aos recursos produtivos, apoio adequado a meios de prote��o sociais maiores investimentos no capital humano s�o mecanismos importantes para ajudar a eliminar a pobreza. Em busca desses objetivos, os Governos reafirmar�o seu apoio as estrat�gias constantes "Compromisso para Incentivar a Coopera��o Solidaria e a Erradica��o da Pobreza", aprovado pela Assembl�ia Geral da OEA.

A confer�ncia de C�pula sobre Desenvolvimento Social, a realizar-se em mar�o de 1995 em Copenhagen, bem como a confer�ncia Mundial das Na��es Unidas sobre a Mulher, em Beijing, em setembro de 1995, proporcionar�o oportunidades �nicas para definir estrat�gias destinadas a promover a integra��o social, o emprego produtivo e a elimina��o da pobreza.

16. Acesso universal � educa��o

A alfabetiza��o universal e o acesso � educa��o em todos os n�veis, sem distin��o de ra�a, origem nacional ou sexo, constituem a base indispens�vel do desenvolvimento social e cultural sustent�vel, do crescimento econ�mico e da estabilidade democr�tica.

Os Governos:

17. Acesso eq�itativo aos servi�os b�sicos de sa�de

Apesar dos marcantes avan�os registrados no Hemisf�rio, as limita��es de acesso aos servi�os de sa�de e a qualidade dos mesmos tiveram como resultado uma mortalidade materno-infantil persistentemente alta, principalmente entre grupos rurais de baixa renda e grupos ind�genas.

Os Governos:

18. Fortalecimento do papel da mulher na sociedade

O fortalecimento do papel da mulher na sociedade reveste import�ncia fundamental n�o somente para a sua total realiza��o num contexto de igualdade e justi�a, mas tamb�m para alcan�ar um desenvolvimento verdadeiramente sustent�vel. � essencial fortalecer as pol�ticas e programas que melhorem e ampliem a participa��o da mulher em todas as esferas da vida pol�tica, social e econ�mica e que melhorem o acesso aos recursos b�sicos necess�rios para o pleno gozo dos seus direitos fundamentais. Atender �s necessidades da mulher significa, em grande parte, contribuir para a redu��o da pobreza e das desigualdades sociais.

Os Governos:

Reconhecer�o e respeitar�o plenamente todos os direitos da mulher como condi��o fundamental para o seu desenvolvimento como indiv�duos e para a cria��o de uma sociedade mais justa, unida e pac�fica. Para esse fim, devem-se promover pol�ticas para assegurar que as mulheres usufruam da plena prote��o legal e direitos civis.

19. Est�mulo � pequena e microempresa

A pequena e a microempresa contribuem com grande percentagem do emprego das pessoas de baixa renda, entre as quais figuram particularmente mulheres, e com consider�vel percentagem do produto interno bruto dos nossos pa�ses. O fortalecimento do apoio a pequena e a micro empresa � elemento essencial para o desenvolvimento sustent�vel e eq�itativo.

Os Governos:

20. Capacetes brancos - Corpo de Emerg�ncia e Desenvolvimento

A iniciativa dos "capacetes brancos" baseia-se na convic��o de que um esfor�o internacional concertado dos pa�ses desenvolvidos e em desenvolvimento pode facilitar a erradica��o da pobreza e fortalecer a capacidade de resposta humanit�ria r�pida da comunidade internacional a necessidades urgentes de car�ter humanit�rio, social e de desenvolvimento.

Os pa�ses das Am�ricas poderiam assumir a vanguarda dessa iniciativa mediante a cria��o de corpos nacionais de volunt�rios que poderiam atender a apelos de outros pa�ses da regi�o. Futuramente, esses corpos poderiam ser colocados a disposi��o das Na��es Unidas.

Voluntariamente, os Governos:

IV. GARANTIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENT�VEL E CONSERVA��O DO NOSSO MEIO NATURAL PARA AS GERA��ES FUTURAS

21. Parceria para o uso sustent�vel da energia*

Em conformidade com a Agenda 21 e a Conven��o Quadro sobre Mudan�a do Clima, o desenvolvimento e o uso sustent�vel de energia promovem o desenvolvimento econ�mico e atendem aos interesses ambientais. Os Governos e o setor privado devem promover maior acesso a servi�os energ�ticos confi�veis, limpos e de custo m�nimo, por meio de atividades e projetos que satisfa�am os requisitos econ�micos, sociais e ambientais no contexto das metas do desenvolvimento nacional sustent�vel e dos quadros jur�dicos nacionais.

Os Governos:

*Esta iniciativa esta integralmente vinculada ao item "Coopera��o no campo da energia".

22. Parceria para a biodiversidade

Nosso Hemisf�rio contem mais de metade da biodiversidade do mundo. Para sustentar o desenvolvimento econ�mico e social do Hemisf�rio, devemos intensificar os esfor�os no sentido de compreender, avaliar e usar de forma sustent�vel essa base de recursos vivos. Devemos agir agora para incrementar a capacidade t�cnica e gerencial e conscientizar a opini�o p�blica a respeito das a��es nacionais e internacionais nessa �rea. A Agenda 21, a Conven��o sobre Diversidade Biol�gica e outros instrumentos internacionais correlatas reconhecem essas necessidades e defendem a conserva��o e o uso sustent�vel de recursos da biodiversidade.

Os Governos:

23. Parceria para a preven��o da polui��o

Tal como acordado na Agenda 21, uma gest�o adequada do meio ambiente e elemento essencial desenvolvimento sustent�vel. Cumpre envidar, em coopera��o, esfor�os para desenvolver ou melhorar, em conformidade com as leis nacionais e os instrumentos internacionais pertinentes: 1) estruturas de prote��o do meio ambiente; e 2) mecanismos de implementa��o e aplica��o de normas ambientais. Para tanto, uma nova parceria promover� atividades de coopera��o visando a desenvolver pol�ticas, leis e institui��es ambientais, melhorar a capacidade t�cnica, promover a conscientiza��o e a participa��o do p�blico, continuar a procurar meios de coopera��o tecnol�gicos, financeiros e de outra natureza, bem como facilitar o interc�mbio de informa��o, inclusive sobre tecnologias ambientalmente adequadas. Essas atividades conjuntas ter�o por base e far�o avan�ar a implementa��o de acordos e princ�pios internacionais, inclusive os acordados na confer�ncia das Na��es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de1992, e na confer�ncia Mundial sobre Desenvolvimento Sustent�vel de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, de 1994, em �reas identificadas como priorit�rias pelos pa�ses do Hemisf�rio.

Os Governos:


Ap�ndice

A responsabilidade principal pela implementa��o deste Plano de A��o compete aos Governos, individual e coletivamente, com a participa��o de todos os segmentos das nossas sociedades civis.

As organiza��es e institui��es j� existentes s�o convocadas a implementar um conjunto de iniciativas resultante desta C�pula das Am�ricas. Em muitos casos, propusemos que quest�es espec�ficas sejam examinadas em reuni�es de ministros, de altos funcion�rios ou especialistas. Propomos tamb�m que algumas destas iniciativas sejam implementadas em conjunto pelos setores p�blico e privado. Desejando beneficiar-nos de mecanismos hemisf�ricos j� existentes e considerando as diversas propostas inclu�das neste Plano de A��o, oferecemos as seguintes recomenda��es, as quais n�o impedir�o os Governos de abordar outras institui��es n�o mencionadas aqui, conforme apropriado.

I. Principais iniciativas de que participar�o as organiza��es e institui��es internacionais

A) A OEA ter� papel de destaque no acompanhamento das diversas decis�es desta Confer�ncia de C�pula. No tocante ao Plano de A��o, a OEA tem papel especialmente importante em conex�o com o seguinte:

O Plano de A��o tamb�m prev� um papel para a OEA nas seguintes �reas:

B) Instamos o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a apoiar as atividades especificadas neste Plano de A��o. As pol�ticas acordadas no rec�m-conclu�do documento do seu capital e no aumento do Fundo para Opera��es Especiais j� caminham na dire��o assinalada, devendo ser objeto de �nfase especial. O BID desempenha papel especialmente importante nas seguintes �reas:

Al�m disso, o Plano de A��o prev� um papel para o BID e Institui��es a ele afiliadas nas seguintes �reas:

C) Instam-se outras organiza��es internacionais, principalmente a CEPAL e a OPAS noHemisf�rio, bem como o Banco Mundial e todos os organismos do sistema das Na��es Unidas ativos no hemisf�rio, a prestar assist�ncia na implementa��o dos itens de a��o, conforme apropriado.

II. Reuni�es de alto n�vel

As seguintes reuni�es e confer�ncias de alto n�vel ter�o a incumb�ncia de implementar os mandatos emanados da confer�ncia de C�pula:

III. Iniciativas em que as parcerias dos setores p�blico e privado desempenham papel importante

[French&Portuguese/tracker.htm]